quinta-feira, 22 de abril de 2010

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO E O SEGREDO MAÇÔNICO

Paredão da Chapada dos Guimarães-Mt - Foto: Padilha

Ir:.A:.M:. CHARLLES CABRAL DA SILVA

SANTO ANTONIO DE LEVERGER – MT
ANO DE 2009 DA E:. V:.

Embora o título acima expresse dois objetos distintos, ambos estão intrinsecamente relacionados, como demonstrarei mais adiante.
Procurarei demonstrar a importância da Lei Iniciática do Silêncio e seu corolário, o Segredo Maçônico, na obtenção do objetivo maior do ser humano: o auto-conhecimento, ou seja o atingimento de sua totalidade psíquica, através de um processo designado pelo médico suíço Carl Gustav Jung como “Individuação”, sendo este o tema central de sua psicologia analítica.

A PISICOLOGIA

Segundo Jung, resumidamente, a Individuação constitui-se num processo de desenvolvimento da psique de um estado infantil, referenciada em apenas alguns aspectos superficiais de sua totalidade, em direção a uma expansão da consciência, tendo como meta a ser alcançada uma maior diferenciação do “si mesmo”. Desta forma passando o indivíduo a se identificar menos com os valores e referências do meio em que vive, e mais com as características advindas de sua personalidade individual.

Esse processo se dá na confrontação do “consciente” com o “inconsciente”, de forma que a consciência se concentre nas manifestações e atividades dos conteúdos inconscientes de forma a melhor compreender, aceitar e “controlar” o que antes era inconsciente e autônomo.

Em suas palavras, Jung relaciona esse processo à formação de símbolos:

“A individuação trata de processos vitais, através dos quais a personalidade em formação atinge o seu centro no inconsciente, e que, por seu caráter numinoso, serviram desde os primórdios de estímulo fundamental para a formação de símbolos.” (MSR).

Jung faz analogia entre as religiões de mistérios e os rituais iniciáticos que surgiram ao longo dos tempos, e traça paralelos entre sua tese e o modo de vivenciar este processo pela Alquimia, na qual, pelas sucessivas combinações, obtém-se o “ouro filosófico”, buscando o desapego dos objetos, o que na filosofia Hindu denomina-se “Nirvana”.

Os sistemas de simbolismo são representações de diferentes formas e perspectivas de se considerar um conteúdo autônomo da realidade interna, de maneira a proporcionar uma maior consciência de nós mesmos em abstração ao meio.

A Lei Iniciática do Silêncio e o Segredo Maçônico, enquanto símbolos, tornam-se instrumentos eficazes nesse processo, conforme demonstrado em meu trabalho anterior: “O Simbolismo Maçônico como Instrumento de Aprendizagem”.

Jung explica:

“A melhor maneira do indivíduo se proteger do risco de confundir-se com os outros é a posse de um segredo que queira ou deva guardar... segredos que só são conhecidos ou compreendidos pelos que têm o privilégio de iniciação... A necessidade de cercar-se de mistério é de importância vital no estágio primitivo, pois o segredo compartilhado constitui o cimento de coesão do grupo. No estágio social, o segredo representa uma compensação salutar da falta de coesão da personalidade individual... A sociedade secreta é um estágio intermediário ao caminho da individuação: confia-se, ainda, a uma organização coletiva a tarefa do indivíduo ficar de pé, por si mesmo, e ser diferente dos demais.” (MSR).

Contudo, Jung afirma que, a longo prazo, agarrar-se ao “misterioso”, prejudica o processo de individuação de se completar, criticando-o com veemência, sendo imprescindível apenas nos primeiros estágios, como “instrumento”.

Creio eu que se aplica com perfeição ao caso do Aprendiz Maçom, onde a Lei Iniciática do Silêncio e o Segredo Maçônico são abordados como símbolos da maior importância.

OS MISTÉRIOS

Desde a mais longínqua Antiguidade, o conhecimento filosófico e religioso tem sido transmitido de duas formas: a primeira, exotérica, destinada às massas, ao indivíduo comum, sendo de fácil entendimento e adequado ao contexto da organização social vigente; e àqueles cuja capacidade de entendimento e aptidão para discernir com lucidez as coisas sagradas e relevantes, o conhecimento era transmitido esotericamente, ou seja, de forma secreta, restrita aos “iniciados”, que gradualmente iam recebendo as instruções na medida em que assimilavam o conhecimento já adquirido, dentro de uma tradição oral.

Não se pode constatar com rigor histórico na literatura profana a extensão e os detalhes desses rituais de iniciação, mas sabe-se que eram resguardados pelo mais absoluto segredo e, quando esse conhecimento era mencionado, nos antigos textos sagrados, utilizava-se de alegorias e símbolos.

Os textos antigos relativos a tais “Mistérios” chegaram até a época atual através descobertas arqueológicas, ou surgindo de tempos em tempos nas mãos de colecionadores de antigüidades, e comercializados num “mercado negro” altamente lucrativo, tem sido, na época moderna, objeto interesse de grupos poderosíssimos devido às revelações dos segredos descritos em seu conteúdo. O Silêncio é o pressuposto básico na manutenção desse conhecimento secreto e também é imprescindível na obtenção de tais documentos. Nunca se sabe ao certo quem está vendendo ou comprando. São utilizados, para isso, intermediários que se encontram secretamente, jamais sendo revelada a fonte e o destinatário dessas negociações.

Michael Baigent em seu livro Os Manuscritos de Jesus, comenta:

“Obviamente existiam no antigo Egito certos mistérios cultuais que apenas os iniciados conheciam. A partir dos primeiros registros, é possível constatar que... nesses templos, tanto homens como mulheres eram iniciados em seus segredos, embora também fossem orientados a manter segredo sobre o que viam. Com efeito, mantinha-se silêncio sobre tudo o que se relacionava aos segredos do templo. Entre os muitos textos extraídos das paredes do Templo de Hórus em Edfu consta o aviso direto: ‘Não revele o que você viu dos mistérios dos templos’.” (OMJ, pag.160/161, 169).

Mais à frente Baigent assevera:

“O seu conhecimento se soma a muitos outros indícios da existência de ensinamentos esotéricos e místicos ministrados secretamente dentro do Cristianismo. No final do século II, porém, esses ensinamentos foram relegados a segundo plano. Foram rebaixados e tiveram sua validade rejeitada até que caíssem no esquecimento... e (sugere) duas razões para isso: primeiramente, como os mestres hereges adotaram os ensinamentos esotéricos quando as heresias foram condenadas, os ensinamentos secretos foram igualmente condenados. Em segundo lugar, percebeu-se que para intensificar seu apelo universal, o cristianismo precisava se livrar de quaisquer doutrinas inacessíveis à massa dos fiéis. Ao mesmo tempo, com a ascensão dos evangelhos escritos, a tradição oral, até então o principal veículo de difusão dessas tradições secretas, perdeu sua importância.” (0MJ, pág.235).

Daí o motivo pelo qual esses textos antigos adquirem tanto valor comercial. Não só pela sua antigüidade, mas sobretudo pelo conteúdo secreto que eles encerram, lançando luz a um passado de mistérios, envolvendo crenças atuais sedimentadas como verdade absoluta.

Como vimos, a Lei do Silêncio é uma consequência direta da existência de um conhecimento secreto relacionado à iluminação subjetiva que, obviamente, é sentido por cada indivíduo de maneira diferente uns dos outros.

Tais ensinamentos eram ministrados por todas as fraternidades iniciáticas da Antiguidade, as quais impunham drasticamente a Lei do Silêncio com o objetivo de salvaguardar o Segredo.

A MAÇONARIA

Na época operativa da Maçonaria, esta era possuidora de segredos. O talhador de pedra era detentor de um conhecimento específico relativo ao bom desempenho de seu trabalho. E com isso, era possuidor de uma diferenciação na sociedade, de forma que os sinais de reconhecimento mútuo constituíam, também, um segredo guardado com zelo.

A Maçonaria especulativa, sociedade iniciática herdeira dessa tradição e desse conhecimento, manteve a obrigatoriedade do segredo, resultando do fato de que, sendo seus membros solidários entre si, estabeleceu-se um contrato formal de reciprocidade e utiliza, também, a Lei do Silêncio e o Segredo como ferramenta básica, num processo de aperfeiçoamento da personalidade do homem. Nesse processo o aprendiz deve apenas ver, ouvir e calar, num exercício constante, obrigando-o a disciplinar suas idéias.

Esta rígida disciplina é o motivo pelo qual deixam sem réplica ou defesa, tanto no passado como hoje, ataques e calúnias dirigidas à Ordem e aos seus membros.

Nos dias atuais, a palavra segredo foi tomada como um símbolo de discrição e, como símbolo, está sujeito a uma interpretação subjetiva, tornado-se um segredo pessoal, implicando desta forma na obrigação ao silêncio. E a melhor maneira de se manter um segredo, é fazer silêncio em torno dele.

Citando Nicola Aslan:

“A Lei do Silêncio nada mais é, portanto, que um perpétuo exercício do pensamento. Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando escuta alguém falar.”(CRA, pág. 319).

Assim procedendo pode-se compreender melhor a idéia passada pelo orador, sem se distrair com seus próprios pensamentos, e depois, refletindo sobre o que ouviu, encontrar-se-á a verdade em suas conclusões.

Não é necessário dizer que tal disciplina não é fácil. Implica em treinamento e exercício, visto que no mundo profano estamos acostumados a manifestar nosso pensamento e combater as idéias livremente. Deste sacrifício resulta, para o Maçom que o pratica, benefícios morais e espirituais de inestimável valor, que o auxilia no desbaste da “Pedra Bruta”.

Citando Oswald Wirth, Nicola Aslan escreve:

“Proibir-se a si mesmo de falar, para limitar-se a ouvir, é uma excelente disciplina intelectual, quando se quer aprender a pensar. As idéias amadurecem pela meditação silenciosa, que é uma conversa consigo mesmo. As opiniões raciocinadas resultam de debates íntimos, que se realizam no segredo do pensamento. O sábio pensa muito e fala pouco.” (CRA, pag.330. grifo meu).

Com base nesses ensinamentos, vemos que a disciplina do Aprendiz Maçom, está limitada ao silêncio e à meditação. No princípio, aos aprendizes, era proibido conceder a palavra em Loja. Embora hoje essa proibição seja tácita, é exigida de forma simbólica e deve ser mantida para se atingir os objetivos almejados.

De outra feita, e segundo orientação de Edouard E. Plantagenet, as sessões do Primeiro Grau são destinadas precipuamente para a instrução dos Aprendizes, sendo de todo inoportuno tratar de assuntos que nada têm a ver com este objetivo e, se assuntos de outra natureza estiverem sendo discutidos em Loja, o Aprendiz deve abster-se de se manifestar, e menos ainda, envolver-se em discursos, o que só demonstraria falta de humildade de sua parte. Contudo, aos Aprendizes, é dado o direito de voz e voto. É lícito ao Aprendiz pedir a palavra para fazer perguntas, que servem para sua instrução e obriga aos Mestres estudar para que não fique sem resposta.

Portanto a Lei do Silêncio é uma disciplina de suma importância. Falar muito implica em pensar pouco, e o objetivo da Maçonaria é tornar seus adeptos mais pensadores que faladores, visto que a verdade não se obtém com muitas palavras e discussões, mas sim pelo estudo e pela reflexão.

Nas palavras do Ir:. L. Cousseau, em seu trabalho “O Maravilhoso Ensino Maçônico”:

“O aprendizado é o período de meditação e de silêncio. O Aprendiz não pode tomar a palavra se não a convite do Venerável...

Para estar em situação de entender o conteúdo interior da linguagem quando ela se torna simbólica, é essencial aprender previamente a ouvir. Ouvir é uma ciência...

Mas há, nesta Lei do Silêncio, algo de mais importante. Aprendendo a refrear o desejo de falar, o Aprendiz pratica, consciente e inteligentemente, a conservação de forças que seriam desperdiçadas. Pouco a pouco ele controla seus impulsos e esta força que poderia ser gasta, fazemo-la nossa.

Esta prova tem por finalidade o desenvolvimento da vontade e permite atingir um maior domínio de si mesmo. Não esqueçamos que só um homem capaz de guardar silêncio, quando necessário, pode ser seu próprio senhor.” (CRA, pag. 339).

Mais adiante Henri Durville preceitua:

“Não digas senão poucas palavras. Não faças gestos inúteis. Para que servem estes movimentos vãos? Se tens necessidade de afirmar a ti mesmo a tua própria vontade, antes de dizê-la aos outros, é que és muito pouco teu próprio senhor...

Os movimentos musculares e os pensamentos estão em estreita correlação. Os grandes nervosos estão fisicamente agitados porque seus pensamentos se sucedem em seus cérebros sem tempo para produzir frutos...

Aprenderás assim a melhor conhecer os homens ao ouvir suas conversas e ao estudar seus gestos, e lá, como em outra coisa, este novo conhecimento há de trazer-te uma nova felicidade.
Entra, novo iniciado, no Templo aberto diante de ti. Compreenderás o significado da estátua de Ísis que medita, um dedo sobre os lábios.” (CRA, pag.341/342).

BIBLIOGRAFIA
Jung, Carl Gustav. Memórias, Sonhos, Reflexões. Ed. Nova Fronteira
Baigent, Michael. Os Manuscritos de Jesus. Ed. Nova Fronteira
Aslan, Nicola. Comentários ao Ritual de Aprendiz. Ed. A Trolha

O Ser Humano e suas Limitações


M:.M:. Antônio Padilha de Carvalho

O admirável psiquiatra Austríaco Viktor Frankel, considerado um dos pais da psicologia humanista, após haver estado em vários campos de concentração, de trabalhos forçados e de extermínio, durante quatro anos na segunda guerra mundial, ao retornar à sociedade, fez uma panorâmica dos conflitos que aturdem o ser humano. Analisa Viktor Frankel que o índice de suicídios no campo de Auschwitz era relativamente mínimo, aquelas pessoas que viviam condições sub-humanas, lutavam para sobreviver, haviam perdido praticamente tudo, familiares, bens, a dignidade humana, e apesar disso empenhavam-se em sobreviver aos maus tratos e a hediondez, porque as suas vidas eram portadoras de um sentido.

Ao retornar a Viena e recomeçar a sua clínica de psiquiatria, após haver perdido a mulher, desde a entrada no campo de Auschwitz, Viktor Frankel, procurou dar uma mensagem ao mundo que estivesse carregada de otimismo, de esperança e perguntava-se por que a criatura civilizada, com tantas comodidades científico-tecnológicas, por qualquer motivo procurava desertar da vida, mergulhar no abismo covarde do suicídio.

Quando o paciente chegava-se até sua terapia e lhe falava:
- Doutor por pouco não me matei.
Ele contra-interrogava: - E por que não o fez? A pessoa apresentava um choque e redargüia:
- Porque eu tenho razões para viver! O senhor acha que deveria ter me matado?
- Não, eu não acho nada. Eu apenas desejo saber por que você não atendeu ao impulso covarde da fuga.
- Porque tenho uma mulher um filho... tenho ideal... então, ele realizava a terapêutica partindo da conclusão do próprio paciente. E estabeleceu que nossa vida tem um sentido existencial: a busca da felicidade.

A busca da felicidade eis a meta pela qual nós estamos na Terra. Para entendermos, no entanto o que é felicidade, recorramos a uma breve história da filosofia.

A filosofia nasceu para ensinar à criatura humana a sua própria realidade, as suas ambições, as suas metas, os seus anelos, e para poder explicar as razões da vida os filósofos enterraram-se em interrogações a respeito da morte.

Para que a vida tivesse sentido era necessário decifrar-se o enigma da morte. E as primeiras manifestações filosóficas no Oriente ancestral, é de que a morte é uma porta de entrada para a vida.

Nas obras básicas do pensamento da Índia , no Vedanta, a coleção de obras magistrais. O ser é criado por Brama, e inicia-se a sua trajetória partindo das primeiras manifestações do psiquismo, passando pelos diversos reinos da natureza, até atingir a sua humanidade e mais tarde a angelitude.

No Bhagavad-Gita, ou nos Upanichadas, o mestre, orienta o discípulo. Krishna trabalha a alma de arjuna, para que ele possa identificar as necessidades reais da vida e superar as necessidades secundárias, as aparentes, às quais todos nós damos muito valor.

Transferindo-se da índia, nós iremos beber nos santuários Egípcios a revelação da imortalidade da alma, através dos Hierofantes, graças aos quais, a sabedoria dos Deuses vertia na direção do ser humano, apontando pelas reencarnações, o processo sublime das transformações.

No Tibet, a realidade também da vida e da morte, está assinalada pelo processo da transformação moral, etapa a etapa, a criatura ascende do pleno da consciência até lograr um estado cósmico e sucessivamente.

Ao transferir-se para o ocidente, a Grécia ancestral apresentará uma plêiade de filósofos que estão preocupados em interpretar o sentido da vida, partindo do simples para o composto, enquanto outros partem da matéria para a energia.

Anaxágoras, filósofo pré-socrático, asseverava que o Universo está nas suas partículas e que em cada partícula se encontra o todo, que naturalmente é o resultado da fusão de todas essas partículas. Com justiça, será considerado mais tarde um dos grandes idealistas da física quântica.

E avançando na esteira das observações filosóficas, nós iremos encontrar Epicuro, Lucrécio, Leocipo, Demócrito, que estabelecem ser a vida destituída de significado. Para os três últimos, a vida é o resultado da aglutinação de átomos, que ao se desagregarem reduzem a vida ao caos, ao nada. Asseveravam Leocipo, Lucrécio e Demócrito que a vida é o resultado de três fatores essenciais: Os átomos, os movimentos e o vácuo. Quando eles se aglutinam a vida se manifesta, e quando ocorre qualquer distúrbio, a vida se desarticula, serão os pioneiros do materialismo mecanicista. E ao mesmo tempo aparece no cenário do pensamento Grego: Sócrates, Platão e Aristóteles, que estabelecem ser a vida conseqüência de realidade pré existente e sobrevivente à adjunção molecular.

Para Sócrates e Platão, a vida era constituída do mundo das idéias, esse mundo das idéias é o mundo metafísico, de onde todos viemos e para onde todos retornamos. A vida humana seria constituída de dois elementos: o ser, que é a idéia, o espírito imortal, e o não ser, que é a sombra. Quando a sombra se desestrutura, o corpo, liberta o ser que volta ao eidos, ao mundo das idéias, por isso mesmo preconizavam a reencarnação, a comunicabilidade dos espíritos e a ética moral como sentido da vida.

Logo depois, Aristóteles. discípulo de Platão, por sua vez discípulo de Sócrates, asseverava que existe o terceiro elemento: a intelequia que é o corpo de ligação entre a matéria e o ser. É nesse período que a busca da felicidade estabelece várias escolas do pensamento.

A primeira escola é de Epicuro. O grande filósofo diz que a vida não tinha nenhum sentido. O sentido da vida é o prazer. Que estamos na Terra para gozar, para desfrutar... porque a criatura humana é herdeira de três instintos primários, e esses três instintos primários predominam. A nossa organização emocional, fisiológica e psíquica: comer, dormir e praticar o sexo.

Então Epicuro estabelecia que o sentido da vida é ter, porque aquele que tem, compra, e aquele que compra goza. Seria o nascimento do capitalismo.

Nós vamos ver na proposta Epicurista, também chamada Hedonista, uma proposta também de beleza, porque o Hedonista cultiva o belo, a arte, a manifestação da eloqüência, da retórica, da oratória, da poesia, mas com um sentido de um prazer. Prazer que uma pessoa deve desfrutar até a exaustão dos sentidos. E Epicuro proponha que cada um de nós, reuníssemos o máximo que pudéssemos, tivéssemos além da capacidade de controlar, para que o prazer estivesse sempre presente em nossa vida. E a sua proposta filosófica tomou conta da Grécia magna, lentamente porém, aqueles Epicureus perceberam que o prazer não trazia o sentido pleno para a felicidade, porque o prazer é voraz, ele permanece como uma labareda quando tem combustível, depois apaga-se, e desaparece. Será que a felicidade é ter? como ainda pensam muitas pessoas. Se eu tenho eu compro. Não compra o amor; Não dilui a saudade; Não muda as ocorrências da vida, mas tenho o prazer.

Será que a vida consiste em comer? Para atender o estômago e renovar, essa preservação da maquinaria, constatou-se que comer bem, bem comer e comer muito não dá felicidade, dá indigestão.

Então a felicidade não pode ser essa frustração que vem depois dos acepipes, das mesas lautas, e fartas, então a felicidade é o gozo sexual.

Já naquela época, Epicuro previa esta época. Eis que o sexo saiu do setor genésico e está nas cabeças das pessoas. Vive-se hoje o espetáculo do sexo. Mas será que o sexo dá felicidade? De maneira nenhuma! O sexo dá cansaço, porque depois da comunhão sexual ao Invés da felicidade e daquele êxtase que passou, vem o tédio, a indiferença e não poucas vezes a frustração. E a pessoa atormenta-se por um novo esquema, até atingir as aberrações, quando não descamba para as drogas estimulantes ou pelas drogas aditivas. Será então o sexo a felicidade anelada? E os discípulos de Epicuro constataram que não. Então dormir, aqueles que dormem muito não são felizes, são preguiçosos. Estão sempre com mais sono, porquanto, à medida que se afrouxam as medidas orgânicas na hipnose, mais vontade tem de dormir. Então a felicidade não é ter, porque ter é fenômeno dos sentidos e a felicidade é uma emoção.

Podemos ter gozos de efêmera dilação. A felicidade é um estado interior de plenitude como estabeleceu o apóstolo Paulo: “Na abundância ou na escassez eu sou o mesmo, na saúde ou na doença eu sou o mesmo”. Aqueles Epicuristas são muito gentis quando tudo está favoráveis a eles, quando algo os desagradam, desvelam as suas frustrações e conflitos, tornando-se agressivos quando não profundamente antipáticos.

Se a felicidade não é ter, que será a felicidade?

O outro filósofo, Diógenes, criou uma segunda escola.

A felicidade não é ter, dizia ele. Por que as pessoas que tem são escravas daquilo que tem, e têm medo de perder a posse. Era como se ele estivesse vivendo no mundo de hoje.

As pessoas têm jóias, mas não usam, porque têm medo de serem roubadas. Guardam nos cofres e as pessoas muito ricas, têm as jóias autênticas e as imitações, porque se o ladrão roubar não levou nada. Não são donos das jóias, as jóias é que são donos deles. Tornam-se escravos daquilo que têm.

Então dizia Diógenes: a felicidade verdadeira consiste em não ter nada! Porque quem não tem nada não pode ficar pior do que já está. A felicidade, portanto, consiste nesse despojamento, e é provável que essa filosofia que deu margem ao brocardo popular: “O homem feliz não tinha camisa”.

Será que a felicidade é não ter? Diógenes criou então a filosofia cínica. E certo dia estava ele em Atenas falando a uma estátua, quando alguém admirado perguntou-lhe: - Diógenes, você está conversando com uma estátua?
– Sim!
- Mas tu não sabes que a estátua é de pedra?
- Sim!
- E não sabes que as pedras não ouvem?
– Sim!
- E por que estás falando com as pedras?
– Para acostumar-me com o silêncio da pedra, a fim de ter paciência com a estupidez de quem fala. Era o filósofo.

Estando em Corinto, a sua cidade natal, Alexandre, o grande da Macedônia, havia terminado de conquistar o mundo, e naturalmente a Grécia. E ao chegar a Corinto, soube que Diógenes ali vivia. Alexandre, era discípulo de Aristóteles, que absurdo! E amava a filosofia de Diógenes, que paradoxo! Desejou então ter um contato com Diógenes e pediu ao Governador de Corinto que levasse Diógenes à sua Galera, que estava ancorada no porto. O Governador, correu à casa de Diógenes, uma casa miserável nos arredores da cidade, e encontrou o filósofo que escrevinhava no chão, no pó. Então o Governador disse-lhe:
- Diógenes, Alexandre Magno, o conquistador do mundo quer conhecer-te e mandou pedir-me que eu te leve até ele, e se eu não te levar, ele arruinará toda a cidade de Corinto, não deixando pedra sobre pedra, - vem comigo! E Diógenes disse:
- Eu não vou!
- Mas Diógenes é Alexandre o conquistador da Terra, ele quer conhecer-te!
– Mas eu não quero conhecê-lo!
- Mas ele quer que tu vais lá!
- Eu não vou! Se ele é quem quer me conhecer que venha cá!
- Mas Diógenes! Ele mandou dizer que destruirá Corinto!
- Aleluia, que destrua! Porque aí não teremos mais medo de um monstro igual a ele. Ficaremos em paz. E não foi.

Quando Alexandre soube, achou isso notável. A coragem do filósofo, e resolveu então visitá-lo. Foi com os seus generais, a sua corte e ao chegar à casa em que estava Diógenes, Alexandre abriu os braços à porta e olhando o filósofo ali aos pés: Trago-te, disse ele, a metade do mundo. Venho dar-te a metade da Terra, venho convidar-te para que governe o mundo comigo. Eu serei o governador militar e tu serás o filósofo que me dirás o que eu devo fazer. Todos estavam emocionados, os bajuladores. Diógenes levantou-se com desdém, deu-lhe um empurrão e disse:
- Senhor, não me tome aquilo que não pode me dar. E saiu. Alexandre ficou a reflexionar, o que ele estava tomando daquele miserável? E percebeu que estando à porta projetava sombra, tomava o sol, o sol ele não podia dar a Diógenes. Alexandre desculpou-o, viajou, morreu três anos depois e Diógenes sobreviveu por muitos anos.

Então ele dizia que felicidade é não ter nada! Mas será que não ter nada dá felicidade?

Num mundo tão agitado, cheios de problemas, desafios e necessidades, pelo menos aquele mínimo, para uma vida digna, mas infelizmente, Diógenes tem alguma razão, porque existem pessoas que são escravas do que não tem. E isto é cruel.

Joana de Angelis, Espírito de luz, nos esclarece que possuímos tudo que é necessário para nossa felicidade, mas estabelecemos que a felicidade é uma condicional e criamos essa conjuntura: Eu só serei feliz quando... perdendo os melhores momentos de felicidade. Eu só serei feliz se... e perdemos as melhores horas de felicidade. Então a felicidade não é a falta de recursos. Que será a felicidade?

O terceiro filósofo, Zenon de Cicio, estabeleceu que a pessoa é infeliz porque tem medo. Tem medo de perder o emprego, o namorado, o marido; tem medo de perder a saúde, da doença, tem medo da morte. Uma verdadeira filosofia de vida é estóica., em que a pessoa enfrenta a vida com estoicismo, com coragem, com elegância, com elevação. E a doutrina do Mestre Zenon, ofereceu vultos grandiosos à historia da humanidade.

Marco Aurélio, Imperador de Roma era estóico, escreveu seus aforismas em campo de batalha matando os inimigos o que é um paradoxo.

Nero foi educado por um estóico. O estoicismo brilhou, mas nós não podemos viver na expectativa do esforço para vencer a dor física, porque de repente vem a dor moral. A ausência de um ser querido, como preencher a lacuna da saudade? Por mais estoicismo, esse vazio existencial que o poeta Estivensson definia como a presença do ser ausente a ausência do ser presente. Por maior que seja o Estoicismo, uma dor pungente, avassaladora. Que será a felicidade interrogou-se? E Sócrates estabeleceu que a felicidade não é só ter ou em deixar de ter, consiste em ser. Ter mais, para atormentar-se. O essencial é ser mais e cada vez melhor. Então Sócrates pregava a filosofia idealista, a felicidade resulta de três fatores essenciais: Uma consciência tranqüila; Um coração pacificado e um caráter reto.

Somente quem age com retidão, tem um coração harmonioso, uma consciência honesta. E de tal forma Sócrates pregava o idealismo que Platão estabeleceu como precursores do Cristianismo.

Assevera Platão num dos seus aforismas: “Se a morte ceifasse a vida, bom negócio faria os maus, porque depois de haver atuado com indignidade morriam e tudo se acabava. Mas para eles não é exatamente assim, porque a vida continua e eles serão chamados à consciência, à prestação de contas.”

A felicidade do ponto de vista socrático está exarada numa conduta reta, como escreveu Buda: “Em uma consciência reta, em um pensamento reto, em palavras corretas e em atitudes retas.” Somente assim a pessoa tem uma felicidade interior e consegue superar quaisquer más inclinações, com as condições subjacentes do convívio social.

E Sócrates viveu integralmente a sua proposta. Ele preconizava naquele momento, que os jovens deviam rebelar-se contra a tirania dos governantes. Atenas viveu o período dos setenta tiranos. A palavra tirano em grego diverge do conteúdo latino. Não eram homens perversos, porque alguns deles eram amantes das letras e eram benfeitores da cultura. Mas eram homens que tomaram o poder. E Sócrates pregava a liberdade total. Graças a isso, ele foi condenado por corromper a juventude.

Determinado segmento de opção sexual contemporânea, assevera que Sócrates corrompia a juventude sob o aspecto moral-sexual, não é verdade.

A proposta filosófica Grega era de que libertando os jovens corrompia-os contra o poder totalitário, e por isso, ele foi levado a julgamento.

No julgamento que ficou célebre, narrado por Platão mais tarde, o juiz teve ocasião de lhe dizer:
- E agora por fim eu condeno-te à morte. E Sócrates sorriu.
– Mas tu sorris? Eu te condeno à morte!
- Oh! Senhor que asneira! Todos nós quando nascemos, já nascemos condenados á morte, o senhor não está dizendo nada mais do que uma coisa que eu já sabia.
- Mas eu te condeno à morte antes do dia em que tu deverias morrer...
- Não sei, porque na minha vida está a fatalidade de morrer no dia da sua condenação. E foi levado para o cárcere. Às vésperas de ser consumada a sentença, Criton, um dos seus discípulos, correu até e ele e disse no cárcere:
- Mestre, eu venho dar-te a liberdade! E Sócrates lhe perguntou:
- Qual liberdade?
– Arrancar-te da cela, da cadeia.
– Mas Cliton, eu não estou aprisionado. Eu sou livre, porque eu sei pensar, e todo aquele que sabe pensar voa com o seu pensamento e sua imaginação. Prisioneiros estão aqueles que têm vícios, porque aonde quer que vão, os vícios escravizam-nos. E como logrará eu evada da prisão?
– Porque na tarde de hoje, disse-lhe o discípulo, a cela dormirá aberta então evadirás Mestre.
- E como conseguiste?
- Nós reunimos jóias da família e subornamos os guardas.
- Mas Criton, tu crês que eu saia daqui para que?
- Para nos ensinar dignidade, verdade, honradez...
- Que mau filósofo tu és! Tu praticas um ato de indignidade, o suborno, com um jovem que não tem honradez, porque vendeu a dignidade, e pedes para que eu apóie o ato, para que eu fuja e depois eu preconize a honradez, a verdade, a dignidade? Enganas-te, enganai-vos todos vós meus discípulos, volta e dize-lhes que eu não fugirei!
- Mas Mestre... amanhã te matarão!
- A mim não Criton. Sócrates é imortal. Rasgarão o corpo, mas é uma endumentária. Sócrates viverá. Volta e dize-lhes que Sócrates é livre e viverá.

No dia seguinte, no pátio da prisão, diante de todas as testemunhas, quando o guarda trouxe-lhe o vaso de alabastro com cicuta para matar dez cavalos, o soldado comoveu-se, olhou para aquele homem e disse-lhe: - Senhor ainda tem uma hora. Ele disse: - Uma hora... é tão pouco para quem tem a eternidade. E bebeu a cicuta.

Quando começaram os estertores, Criton arrebentou a defesa policial e correu até o ele, ajoelho disse: - Mestre aonde quer que nós sepultemos o teu cadáver? Ele ouviu e quase num esforço inimaginável e lhe trouxe à consciência a resposta e disse: - O cadáver joga-o em qualquer lugar porque Sócrates não está mais dentro dele. Criton, não esqueça de pagar um galo a Asclépios que eu estou devendo.

Asclépios era o Deus da Medicina. E não morreu, entrou na eternidade cheio de vida. A quase três mil anos depois ei-lo aqui entre nós. Falando a respeito da felicidade de Sócrates. E se eu perguntar por acaso aos senhores o nome de um dos setenta tiranos eu duvido que alguém me responda, se souber eu agradeço., porque a história não registrou nem o nome do soldado que lhe levou o cálice de cicuta, mas do homem integral, do homem feliz, do homem livre, a história guardou toda uma proposta filosófica a respeito da felicidade.
Tudo que é "perfeito" tem limites impostos pelo seu próprio ser ou estado de "perfeição": um ser que manifeste as suas qualidades não o pode fazer sempre em todos os aspectos.
O imperfeito, além de não manifestar sua potencialidade, quando o faz, pode fazê-lo de modo a não preencher as características do seu ser.
O homem é um ser social e possui uma individualidade. Não é perfeito e portanto, sob diversos aspectos, limitado. Precisa viver consigo mesmo e com os outros, porém, as leis pessoais não são as mesmas que as sociais.
Pelo valor que é a individualidade, alguns homens são melhores em certos aspectos; outros, em outros, e assim a sociedade se completa e a vida social é possível. Mas a moeda tem outra face e o fato das pessoas diferirem em tantos aspectos pode gerar atritos de valores.
Os limites das pessoas também são diferentes. Neste ponto começa o limite entre o pessoal e o social. Existem situações que podem ser ignoradas, passíveis de serem aceitas, em prol da sociedade, do bem comum. Mas o limite não é fixo, pode variar muito: toleramos algo numa manhã, mas se o mesmo assunto for apresentado à noite..., passa dos limites.
Quereríamos que este limite fosse mais elástico, e de certo modo o é. O limite da tolerância tem por um lado a manutenção da individualidade e por outro a inclusão do individual no social. Se isto não ocorrer, alguns perdem sua individualidade e outros são excluídos e preferem se isolar do convívio social.
Neste conviver, o homem percebe que seus sonhos nem sempre são realidades quando se analisa na perspectiva do tempo. A certeza da morte o incomoda, seja pelo desejo de realizar-se, de deixar uma contribuição para a sociedade, ou pelo nihilismo teórico-prático em que muitos podem mergulhar.
Nossa liberdade é o preço da nossa existência, segundo Rodríguez-Rosado (1976).
Existimos como seres humanos livres. Se não tivéssemos liberdade, nossa existência com certeza não seria da mesma forma. Seríamos outros seres, incapazes de optar, pois nosso protocolo seria rígido.
Ao optar, por exemplo, entre ficar em casa estudando ou sair com os amigos para descansar, em qualquer um dos casos, mostraremos que somos livres - e responsáveis -, mas pagaremos o preço da nossa livre decisão.
Cada ser humano pode optar, e ao escolher exclui algo. E todas as nossas ações podem ser vistas por terceiros, que nos rotulam em função das nossas ações.
Existimos e somos, mas nem sempre gostamos de ser rotulados pelos nossos defeitos, modos etc. Algumas pessoas possuem defeitos mais evidentes, que se manifestam no convívio social. A semelhança de uma verruga negra e grande na ponta do nariz; caso estivesse escondida em outra parte do corpo, chamaria menos a atenção. Assim são nossos defeitos. Muitas vezes eles são evidentes, outras não.
A mente humana por vezes tende a caricaturizar em função dos traços ou atitudes negativas daqueles que nos cercam. Melhor seria ver os aspectos positivos dos outros: é mais fácil ensinar algo do que fazer alguém esquecer alguma coisa. Assim, poderíamos afirmar que a primeira impressão é a mais forte. Mas as pessoas mudam, por conta própria ou com a ajuda de terceiros. E no processo de mudança se percebe, por um lado, um limite pessoal; por outro, uma tolerância social.

A evolução espiritual, que se processa através das múltiplas existências, é lenta mas sempre progressiva.

Nenhum espírito adquirirá asas de improviso.

A conquista de uma única virtude exige do espírito repetidas lições a fim de que possa incorporá-la integralmente ao seu patrimônio moral.

Ninguém muda ninguém, sem mudar-se primeiro.

O Mestre Jesus ensinou o caminho que deveremos percorrer com os nossos próprios pés.

A conscientização é um estágio que cada espírito deve alcançar por si mesmo.

Podemos contar aos outros as experiências vivenciadas por nós, mas não temos como transferi-las àqueles que nos ouvem.

Ninguém se furtará aos embates da vida e a sua entrevista pessoal com a verdade.

Embora seja chamado a viver em sociedade, o homem deverá escalar sozinho o monte de sua própria redenção espiritual.

Por isso, em meio à massa humana, observamos as virtudes isoladas de alguns sobressaindo-se aos vícios da maioria, à feição do lírio que desponta no charco.

Caminhemos adiante, passa a passo, convictos de que a distância que nos separa dos Anjos ainda é a mesma que separa o verme do Sol.

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